Trump apela à suprema corte dos EUA

05/09/2023 as 7:29 pm

Na última sexta-feira (4), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou uma petição à Suprema Corte do país, buscando sua intervenção no caso em que é acusado de supostas tentativas de reverter o resultado das eleições presidenciais de 2020. Com a maioria conservadora na Corte, impulsionada pela influência republicana durante seu mandato, Trump espera obter um desdobramento favorável em sua situação legal.

Após sua aparição no tribunal em Washington na quinta-feira (3), Trump direcionou seus esforços para conquistar a indicação republicana visando as eleições de 2024. Ele sustentou que seus adversários políticos estão empenhados em miná-lo por meio de várias ações judiciais, alegando que tais processos demandam “quantidades massivas de tempo e dinheiro”.

Através de sua plataforma na rede social Truth Social, o ex-presidente enfatizou que “recursos que deveriam ter sido usados em anúncios e comícios estão sendo gastos para combater os bandidos da esquerda radical em muitos tribunais do país”.

“Estou liderando em todas as pesquisas, inclusive contra o transtornado Joe [Biden], mas este não é um campo de jogo equilibrado. É uma interferência eleitoral, e a Suprema Corte deve intervir”, afirmou Trump em sua declaração.

Apesar das múltiplas contestações judiciais que enfrenta, Trump mantém-se como favorito incontestável nas pesquisas de opinião relacionadas às primárias republicanas programadas para o próximo ano.

Ademais, os resultados de uma pesquisa recente publicada pelo jornal The New York Times na terça-feira passada (1º) revelam que o atual presidente, o democrata Joe Biden, que buscará a reeleição, encontra-se empatado com Trump nas intenções de voto para as eleições vindouras, ambos com 43% das intenções de voto.

Trump reiterou sua inocência durante sua aparição no tribunal federal do Distrito de Columbia em Washington na última quinta-feira, diante das quatro acusações que enfrenta por supostamente tentar reverter o resultado das eleições de 2020, das quais saiu derrotado perante Biden.

O ponto crucial destas alegações reside no incidente ocorrido em 6 de janeiro de 2021, quando uma multidão de apoiadores de Trump invadiu o Capitólio durante uma sessão conjunta do Congresso que buscava ratificar a vitória eleitoral de Biden.

A juíza Moxila Upadhyaya determinou a liberação de Trump logo após a leitura das acusações contra ele na quinta-feira passada e agendou a próxima audiência para o dia 28 de agosto, marcando um novo capítulo na saga legal que cerca o ex-presidente.

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