Boletim Focus: Projeções de crescimento zero do PIB em 2023 preocupam analistas

10/10/2023 as 7:16 am

Os analistas de mercado que acompanham de perto o Boletim Focus do Banco Central têm uma visão estável da inflação para o ano de 2023, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado em 4,86%, em linha com a semana anterior. Esta marca representa a terceira semana consecutiva em que as projeções indicam estabilidade para o indicador oficial de inflação no país.

Entretanto, as preocupações se concentram no cenário para 2024, com especulações sobre um possível aumento da inflação. De acordo com os dados mais recentes, a projeção para o IPCA no próximo ano subiu ligeiramente para 3,88%, em comparação com os 3,87% estimados na semana anterior. Já para 2025, a previsão se mantém estável em 3,5%, conforme apontado na análise da semana passada.

No que diz respeito ao crescimento econômico, as projeções permanecem inalteradas, com uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,92% prevista para 2023 e 1,5% para 2024. Estes números coincidem com as estimativas da semana passada, marcando a segunda semana consecutiva de projeção de crescimento zero do PIB em 2023 e a terceira semana para 2024.

A taxa básica de juros, conhecida como Selic, continua mantendo sua projeção estável. Pelo nono período consecutivo, o mercado estima que a Selic encerrará o ano de 2023 em 12,75%, permanecendo inalterada em relação à taxa atual de 13,25%. A projeção para 2024 também permanece constante em 9%.

No campo cambial, as expectativas apontam para uma valorização do dólar. Os analistas preveem que a moeda norte-americana fechará o ano cotada a R$ 5, superando os R$ 4,95 da semana anterior.

Vale ressaltar que o Boletim Focus, publicado semanalmente às segundas-feiras, reflete as estatísticas compiladas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O relatório oferece uma visão abrangente das projeções para diversos indicadores econômicos, incluindo preços, atividade econômica, câmbio e taxa Selic. Importante lembrar que essas projeções são de responsabilidade do mercado, não do Banco Central.

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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Ara Mirá