Fumaça de queimadas volta a encobrir Manaus, e a qualidade do ar é péssima nesta quarta-feira

11/10/2023 as 8:10 am

Nesta quarta-feira (11/10), a zona urbana de Manaus amanheceu com índices considerados ‘péssimos’ devido à fumaça proveniente das queimadas que têm assolado a região nas últimas horas. Os dados alarmantes foram trazidos à luz pelo aplicativo AppSelva, uma ferramenta desenvolvida pela Universidade do Estado do Amazonas para monitorar a qualidade do ar na cidade.

De acordo com o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), bairros nas zonas Oeste, como São Jorge e Santo Agostinho, e Centro-Sul, abrangendo áreas como Nossa Senhora das Graças e o Centro, apresentam níveis de qualidade do ar classificados como ‘péssimos’, com índices de 233.7 PM2.5, respectivamente. Nas zonas Sul, exemplificada pela Colônia Oliveira Machado, e Leste, representada por Armando Mendes, os índices são ainda mais preocupantes, superando 315.5 PM2.5.

Além disso, bairros como Distrito Industrial, Aleixo, Coroado e Colônia Terra Nova também sofrem com altas concentrações de poluentes atmosféricos, registrando taxas acima de 250.1. Em contraste, outras áreas da cidade mantêm índices considerados moderados e bons, como o bairro Jorge Teixeira, localizado na zona Leste, que exibe um índice de 20.7 PM2.5 de qualidade do ar. Vale ressaltar que esses dados foram extraídos diretamente da plataforma de monitoramento às 07h47 e estão sujeitos a atualizações ao longo do dia.

O monitoramento da qualidade do ar é abrangente e avalia a concentração de diversos poluentes atmosféricos, incluindo dióxido de enxofre (SO2), material particulado inalável (MP10), ozônio (O3), óxidos de nitrogênio (NO, NO2 e NOx), monóxido de carbono (CO) e hidrocarbonetos não-metânicos (NMHC). Essa análise leva em consideração não apenas a concentração de poluentes, mas também parâmetros meteorológicos como direção e velocidade do vento, temperatura e umidade relativa do ar.

Os resultados desse monitoramento são apresentados em índices adimensionais, expressos em µg/m³ (microgramas por metro cúbico). Dependendo do índice obtido, o ar recebe uma classificação qualitativa, acompanhada de uma cor correspondente, indicando a qualidade do ar em cada região.

A exposição a poluentes atmosféricos pode causar uma série de sintomas, incluindo tosse seca, cansaço e agravamento de doenças respiratórias, especialmente em ambientes com concentrações elevadas dessas substâncias. Essas condições podem ser ainda mais prejudiciais em períodos de tempo seco e baixa umidade relativa do ar, como frequentemente ocorre durante o inverno.

É importante destacar que a má qualidade do ar afeta de forma mais intensa grupos sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas, que podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço. Contudo, a população em geral também pode sofrer com incômodos como ardor nos olhos, nariz e garganta, além de tosse seca e cansaço, quando exposta a condições de ar de má qualidade. Em casos em que a qualidade do ar atinge níveis ‘péssimos’, os sintomas respiratórios e as doenças pulmonares e cardiovasculares podem ser agravados.

A população de Manaus deve permanecer alerta e tomar medidas para se proteger dos efeitos adversos da qualidade do ar prejudicada, incluindo o uso de máscaras de proteção respiratória e a busca por ambientes internos mais seguros, especialmente para os grupos mais vulneráveis. Além disso, é fundamental apoiar iniciativas que busquem combater as queimadas e melhorar a qualidade do ar na região, contribuindo para um ambiente mais saudável e seguro para todos os moradores da cidade.

Foto: Qualidade do Ar – App Selva | Manaus – Reprodução

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