Seca Amazônica: Rio Negro apresenta sinais de recuperação

30/10/2023 as 4:33 pm

O rio Negro, que recentemente quebrou recordes históricos de vazante, está mostrando sinais de recuperação após um período de preocupação. De acordo com as medições do Porto de Manaus, o nível do rio subiu 17 centímetros desde o dia 28 de outubro.

No dia 28 de outubro, o rio atingiu seu recorde histórico de vazante, mas desde então, a tendência tem sido de elevação. No dia 28, o rio subiu 5 cm, seguido de um aumento de 5 cm no dia 29 e um aumento adicional de 7 cm nesta segunda-feira, dia 30 de outubro.

Os especialistas do Serviço Geológico do Brasil (SGB) estão monitorando de perto a situação dos rios na Região Amazônica. De acordo com o último Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Amazonas, o rio Negro continua a subir em São Gabriel da Cachoeira, Tapuruquara e Barcelos, embora os níveis ainda sejam considerados baixos nessas estações.

O rio Branco, um dos maiores afluentes do Negro, apresentou um comportamento variado durante a semana. Inicialmente, houve elevações em Boa Vista, mas as medições mais recentes mostram que o rio voltou a descer. Em Caracaraí, por outro lado, o rio continua em processo de subida, com uma média diária de elevação de 12 cm.

O rio Solimões também teve variações em seu nível. Tabatinga viu aumentos, mas registrou estabilidade nas medições mais recentes. Em Fonte Boa, houve uma elevação de 12 cm na média diária, enquanto em Itapéua, o Solimões indicou estabilidade inicialmente, mas nos últimos dias, subiu uma média de 6 cm. Já em Manacapuru, o rio apresentou uma diminuição no processo de descida.

Na bacia do rio Purus, o Rio Branco no Acre voltou a descer ao longo da semana, enquanto o rio Purus, em Beruri, registrou pequenas oscilações positivas nos últimos dias.

O rio Madeira teve uma média diária de descida de 4 cm em Porto Velho e 2 cm em Humaitá durante a semana.

Enquanto isso, o rio Amazonas apresentou uma diminuição no processo de descida em algumas áreas, como Itacoatiara, Parintins e Óbidos, mas voltou a subir em Almerim.

A situação dos rios na Amazônia tem sido motivo de grande preocupação, especialmente devido a uma seca sem precedentes na região. Nos últimos dois meses, pelo menos 21 mínimas históricas no volume dos rios foram registradas, de acordo com o SGB. As medições foram realizadas em 13 rios, com sete deles localizados no Amazonas, quatro em Rondônia, um no Pará e um no Acre.

Tabatinga, Manacapuru e Itacoatiara, em particular, registraram três mínimas históricas em três medições consecutivas, destacando a gravidade da situação.

Foto: Antonio Lima/Secom

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