Diferente da regra, podemos aprender mais com crianças do que podemos pensar, penso que alguns problemas que nós adultos adquirimos com a maturidade poderiam ser desmistificados e resolvidos com a sabedoria, inocente, da criança que um dia já fomos.
A Inocência e simplicidade infantil dão uma ótica diferente ao mundo, sempre, simples e direta, sem complicações e preconceitos que muitas vezes nós adultos adquiríamos ao longo da vida. O olhar inocente pode lembrar adultos da importância de manter uma mente aberta e abraçar a simplicidade, pensar fora da caixa e a abraçar a criatividade em nossas vidas. Imaginem se cada um de nós tivéssemos a resiliência típica das crianças com a capacidade notável de se adaptar e superar desafios rapidamente. O olhar resiliente pode lembrar nós adultos da importância de enfrentar adversidades com resiliência e não desistir facilmente, crianças não desistem das brincadeiras, sempre insistem nas jogadas, sempre se revigoram com desafios.
Imaginem tentar introduzir a credibilidade infantil em nosso dia a dia, um mundo onde as pessoas não riem apenas para se sentirem incluídas ou para evitar constrangimento, mesmo que isso não seja sincero. De igual forma, algumas pessoas podem chorar por razões manipuladoras, para atrair atenção ou obter simpatia, sem realmente sentir a emoção que aparentam. Com crianças risos e choros sempre são sinceros!
Claro que nós temos responsabilidades e obrigações que as crianças não têm. Precisamos tomar decisões importantes, lidar com desafios no trabalho e na vida pessoal e assumir responsabilidades que as crianças ainda não têm capacidade para lidar. Essas responsabilidades demandam um certo nível de complexidade e maturidade que são incompatíveis com a simplicidade das crianças, o que estamos propondo é temperar essas decisões com um pouquinho de nossa criança interior.
O senso comum muitas vezes fala sobre a ideia de que educar crianças é um caminho só de ida, ou seja, uma via de mão única na qual os adultos transmitem conhecimentos, regras e valores para as crianças. Essa abordagem se baseia na crença de que os adultos têm maior experiência, sabedoria e autoridade para educar e que as crianças devem simplesmente absorver essas informações. No entanto, essa visão limitada não considera a complexidade e a dinâmica da relação entre adultos e crianças. A educação não é apenas um processo de transmissão de conhecimentos, mas também um diálogo de aprendizado mútuo.
Em síntese, o olhar das crianças pode ensinar os adultos a cultivar a curiosidade, abraçar a simplicidade, estimular a criatividade, serem emocionalmente expressivos, e terem mais resiliência em face de desafios. E ai topam? Aguardo todos na próxima semana. Até lá!
Diogo Augusto , o turco, marido, pai, empreendedor, colecionador, pensador, curioso.
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