Presidente do Equador anuncia libertação de todos os reféns em prisões

14/01/2024 as 4:42 pm

O presidente equatoriano, Daniel Noboa, anunciou hoje (14) a bem-sucedida libertação de todos os guardas prisionais e funcionários administrativos que haviam sido capturados como reféns em motins ocorridos em sete prisões do país na semana passada. Em uma declaração via rede social, Noboa elogiou o papel decisivo das forças de segurança e do exército na operação de resgate.

As rebeliões, desencadeadas por detentos em estabelecimentos penitenciários de Azuay, Cañar, Cotopaxi, Tungurahua, Loja, El Oro e Esmeraldas, representaram um desafio sem precedentes para as autoridades equatorianas. Os eventos violentos incluíram ações de crime organizado, como bombardeios e sequestros, elevando a tensão em todo o país.

A resposta das autoridades foi coordenada pelos ministros do Interior, Mónica Palencia, e da Defesa, Giancarlo Loffredo, que lideraram a operação que resultou na libertação dos reféns. Noboa destacou a bravura e o profissionalismo das Forças Armadas e da Polícia Nacional, bem como do Serviço Nacional de Atenção Integral às Pessoas Privadas de Liberdade (SNAI), na condução da operação.

O SNAI, em seu comunicado, informou que os esforços conjuntos de militares, policiais e guardas prisionais culminaram no resgate bem-sucedido de todos os reféns. As autoridades também confirmaram que exames médicos estão sendo realizados para assegurar a saúde dos libertados. Em casos específicos, como na prisão de Esmeraldas, o resgate foi facilitado com a ajuda da mediação de representantes das igrejas Católica e Evangélica.

Além de gerenciar a crise imediata, o SNAI iniciará investigações para identificar as causas e os responsáveis pelos distúrbios nas prisões. O órgão reafirmou seu compromisso com a segurança e o respeito aos direitos humanos dentro do sistema penitenciário do país.

Esta série de rebeliões ocorre em um contexto onde o Equador se tornou um ponto nevrálgico na rota de exportação de cocaína, levando a um aumento da violência relacionada ao narcotráfico. A declaração de “conflito armado interno” pelo governo na terça-feira passada, e a classificação de gangues de crime organizado como grupos terroristas, demonstram a gravidade da situação enfrentada pelo país.

Foto: Reprodução/Twitter

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