“Se a Usaid não existisse, Bolsonaro ainda seria o presidente do Brasil” diz Ex-secretário de Trump

04/02/2025 as 4:36 pm

Michael Benz, ex-diretor de informática do Departamento de Estado norte-americano durante a administração de Donald Trump, acusou a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) de interferir nas eleições brasileiras de 2022, em entrevista ao programa “The War Room”, apresentado por Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da Casa Branca.

Segundo Benz, a Usaid teria orquestrado uma grande operação de censura e controle de informações para reduzir o apoio ao então presidente Jair Bolsonaro, a quem ele chamou de “Trump tropical”. De acordo com suas declarações, a agência funcionaria como um elo de influência política global, operando em conjunto com o Departamento de Estado, o Pentágono e a CIA.

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A Usaid teria, conforme Benz, adotado uma postura de combate ao populismo, considerando-o uma ameaça à democracia. Essa visão teria levado a agência a agir contra figuras populistas em várias partes do mundo, incluindo Donald Trump nos Estados Unidos, Marine Le Pen na França, Matteo Salvini na Itália, Nigel Farage no Reino Unido e Jair Bolsonaro no Brasil.

“Quando ondas populistas varreram o mundo — nos EUA em 2016 com Trump, e com o que aconteceu em toda a Europa com Marine Le Pen, Matteo Salvini e Nigel Farage — a Usaid declarou uma guerra santa de censura contra cada um desses grupos populistas, incluindo Bolsonaro”, afirmou Benz na entrevista.

De maneira enfática, Benz alegou que, sem a atuação da Usaid, Bolsonaro poderia ter sido reeleito. “Se a Usaid não existisse, Bolsonaro ainda seria o presidente do Brasil, e o Brasil ainda teria uma internet livre e aberta”, declarou ele, acrescentando que a agência gastou milhões de dólares para influenciar a legislação brasileira contra a desinformação e pressionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a censurar conteúdos de Bolsonaro nas redes sociais.

Foto: Reprodução/ X (antigo Twitter)

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