ESPORTE

CBF leva ao STF pedido para reverter afastamento de seu presidente

REDAÇÃO

16/05/2025 as 1:32 pm

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recorreu nesta sexta-feira (17), ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que afastou o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues. O pedido foi encaminhado ao ministro Gilmar Mendes, relator de decisões anteriores que haviam garantido a permanência de Ednaldo no comando da confederação. A ação argumenta que a decisão da Justiça fluminense compromete a segurança jurídica do acordo anteriormente homologado pelo Supremo.

A nova controvérsia teve início após a decisão do desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, do TJRJ, que invalidou o acordo firmado entre a CBF e outras entidades do futebol, homologado pelo STF em fevereiro deste ano. O magistrado apontou possíveis indícios de falsificação na assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, ex-vice-presidente da CBF, além de questionar sua capacidade cognitiva no momento da assinatura.

Na mesma decisão, Zefiro determinou o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues e nomeou Fernando Sarney, também vice-presidente da confederação e autor do pedido, como interventor da entidade.

A disputa judicial teve início em 2022, quando a CBF firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Rio de Janeiro. O documento previa a realização de nova eleição para a presidência da entidade, vencida por Ednaldo. No entanto, em dezembro de 2023, a 21ª Câmara de Direito Privado do TJRJ declarou o TAC ilegal e determinou o afastamento do dirigente, decisão posteriormente suspensa por liminar concedida por Gilmar Mendes.

Na semana passada, o ministro do STF manteve Ednaldo Rodrigues no cargo, mas determinou que a Justiça estadual investigasse a suspeita de fraude no documento que fundamentou o acordo. Agora, com a nova decisão do desembargador Zefiro, a CBF volta a recorrer ao Supremo na tentativa de garantir a continuidade de Ednaldo na presidência e evitar outra intervenção judicial na entidade.

Foto: Rodrigo Ferreira/CBF

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