Há perguntas que, mesmo depois de 35 anos, continuam a pairar no ar, não como ecos de um passado distante, mas como lembretes urgentes do presente. Será que conseguimos, enfim, compreender a complexidade da história brasileira? Entendemos as razões por trás de episódios decisivos, como as duras críticas ao Supremo Tribunal ou a necessidade de medidas firmes diante de ameaças? A atuação da Força Aérea no Araguaia e a prisão de “professores” que flertavam com ideologias perigosas seriam plenamente compreendidas, para além das simplificações narrativas? (Trata-se de uma reflexão filosófica, e não da tentativa de impor verdades absolutas.)
A deposição de João Goulart e os alertas das Forças Armadas sobre o avanço da esquerda, assim como a premonição de Figueiredo sobre a saudade do regime, merecem análise mais profunda do que aquela oferecida pelo senso comum. Não se trata de revisionismo, mas do desejo de entender o contexto em sua totalidade. A imprensa da época frequentemente construiu uma narrativa que classificou tais acontecimentos como expressão de “ditadura”, mas será que captou todas as nuances e os perigos reais que estavam presentes?
A história mostra que, em muitos países, regimes de esquerda não promoveram liberdade, mas deixaram rastros de miséria, fome e censura. As experiências de Cuba, Venezuela e Coreia do Norte, onde as populações fogem ou vivem sob controle estatal severo, são evidências claras dessa realidade.
É evidente que certas ideologias demonstram rejeição a pilares fundamentais da civilização, como a família, a fé, a pátria e a liberdade individual. A palavra “democracia”, muitas vezes usada como bandeira, pode, de forma irônica, ocultar intenções que atentam contra os próprios fundamentos que ela deveria proteger. Basta observar quantos países ostentam o termo “democrática” em seus nomes oficiais, embora estejam distantes de sua essência. Assim como um selo de qualidade que não resiste à prática, a palavra se transforma em ornamento vazio, disfarçando regimes autoritários.
A antiga República Democrática Alemã, por exemplo, era tudo, menos democrática. Seus cidadãos viviam sob constante vigilância, sem liberdade de expressão ou imprensa e com fronteiras praticamente intransponíveis. Atualmente, a chamada República Popular Democrática da Coreia é um regime fechado e totalitário, onde a população vive sem direitos fundamentais e sob um culto à personalidade que desafia a razão contemporânea.
Quando o termo “democrática” se reduz a um adorno, ele não apenas perde valor, mas passa a simbolizar a manipulação da linguagem para atender a projetos que ignoram a vontade popular. É um paradoxo que exige atenção crítica, para que possamos enxergar além das aparências e compreender o que realmente ocorre por trás das fachadas ideológicas.
Nesse cenário, a postura do “isentão” ou do “moderado”, que busca neutralidade em meio a tensões políticas, pode, ainda que de forma involuntária, favorecer aqueles que tratam a política não como espaço de diálogo, mas como campo de guerra.
É hora de despertar, Brasil. Não em pânico, mas com lucidez. É essencial identificar e enfrentar ideias que, sob a máscara da virtude e do progresso, ameaçam corroer os fundamentos da nação. A vigilância cidadã é um dever, para que não sejamos novamente tomados por ideologias que se apresentam como solução, mas carregam dentro de si os sinais da destruição.
Diogo Augusto , o turco, marido, pai, empreendedor, colecionador, pensador, curioso.