ENTREVISTAS

“A cada 100 mil habitantes em uma cidade, existem 8.665 novos processos”, afirma a presidente do Cebrasc

REDAÇÃO

02/12/2024 as 9:06 am

O Centro Brasileiro de Soluções de Conflitos (Cebrasc) anunciou a expansão de suas atividades para Manaus, introduzindo métodos alternativos como mediação, conciliação e arbitragem para facilitar o acesso à justiça na região Norte. A iniciativa visa oferecer à população local formas mais eficazes e rápidas de resolver disputas, reduzindo a dependência do judiciário convencional, que está sobrecarregado com processos prolongados.

A Dra. Giselle Scopel, presidente do Cebrasc e com 17 anos de experiência na área, destacou a escolha de Manaus devido ao alto índice de litígios na região. “A cada 100 mil habitantes em uma cidade, existem 8.665 novos processos. Se você multiplicar esses 8.665 por 20, esse é o cenário de Manaus”, explicou Giselle Scopel, enfatizando a urgência de alternativas para a resolução de conflitos na capital amazonense.

O Cebrasc planeja implementar soluções para garantir a acessibilidade aos seus serviços, permitindo procedimentos de arbitragem e mediação por meio de plataformas digitais. Isso possibilitará a realização de audiências online, superando as barreiras físicas que frequentemente limitam o acesso à justiça.

Além de aliviar o sistema judiciário local, a nova unidade em Manaus tem como objetivo promover uma mudança cultural em relação à resolução de conflitos. O Cebrasc busca educar a população e capacitar profissionais da região, integrando-os aos métodos modernos de resolução de disputas.

Para enfrentar os desafios logísticos e culturais, a Dra. Giselle Scopel afirmou que o Cebrasc está trabalhando em parceria com entidades locais, como a OAB, para adaptar seus serviços às necessidades específicas da região e garantir uma implementação bem-sucedida.

Com essa expansão, o Cebrasc espera não apenas melhorar o acesso à justiça em Manaus, mas também estabelecer um modelo que possa ser replicado em outras regiões do país, contribuindo para a diminuição da judicialização e o aumento das resoluções consensuais de conflitos.

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