ECONOMIA

Desemprego no Amazonas sobe para 10,1% e registra a segunda maior taxa do país

REDAÇÃO

16/05/2025 as 3:10 pm

A taxa de desemprego no Amazonas subiu para 10,1% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento foi registrado após a desocupação passar de 8,3% no último trimestre de 2024 para o novo patamar, configurando o segundo maior crescimento percentual entre todas as unidades da federação. O levantamento integra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e indica que a elevação ocorre em meio à desaceleração nas contratações após as festas de fim de ano, o que pode ter impactado diretamente o mercado de trabalho local.

O Amazonas segue uma tendência observada em outras 12 unidades da federação que também apresentaram alta na taxa de desocupação, enquanto 15 estados mantiveram estabilidade. No ranking nacional, Pernambuco aparece com a maior taxa de desemprego, com 11,6%, enquanto Santa Catarina e Rondônia registraram os menores índices, com 3% e 3,1%, respectivamente. Na região Norte, além do Amazonas, o Pará também apresentou aumento, passando de 7,2% para 8,7%.

Apesar dos avanços regionais no desemprego, a taxa nacional ficou em 7%, o menor índice para um primeiro trimestre desde o início da série histórica em 2012. A pesquisa também evidencia desigualdades estruturais no mercado de trabalho, mostrando que jovens, mulheres, pessoas negras e trabalhadores com menor escolaridade seguem entre os mais afetados pela falta de oportunidades. Entre adolescentes de 14 a 17 anos, a taxa atinge 26,4%, enquanto entre os jovens de 18 a 24 anos chega a 14,9%. Entre as mulheres, o índice é de 8,7%, contra 5,7% dos homens. Considerando os grupos raciais, pretos e pardos apresentam taxas de 8,4% e 8%, respectivamente, acima da registrada entre brancos, que é de 5,6%. Pessoas com ensino médio incompleto enfrentam a maior taxa, de 11,4%, enquanto aquelas com ensino superior completo têm a menor, de 3,9%.

O rendimento médio real no Amazonas permaneceu estável em relação ao trimestre anterior, tendência também observada na maioria dos estados. Apenas o Rio de Janeiro, com 6,8%, Santa Catarina, com 5,8%, e Pernambuco, com 4,7%, apresentaram crescimento no período. Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o maior avanço foi registrado em Pernambuco, com aumento de 23,4%, seguido por Alagoas, com 13,4%, e Sergipe, com 13,2%.

Foto: Mário Oliveira/Semcom

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