EUA atacam barco no Caribe e matam três em operação antidrogas

02/11/2025 as 9:01 am

Três homens foram mortos neste domingo (2) durante uma operação militar dos Estados Unidos no Caribe, após o ataque a uma embarcação suspeita de envolvimento com o tráfico de entorpecentes. A ofensiva, realizada em águas internacionais, foi anunciada pelo secretário de Guerra Pete Hegseth como parte de uma série de ações contra o narcotráfico conduzidas pelo governo norte-americano na região. Segundo Hegseth, “esse navio, assim como todos os outros, era conhecido por nossa inteligência por estar envolvido no contrabando de narcóticos, estava em trânsito por uma rota de narcotráfico conhecida e transportava entorpecentes”.

De acordo com o governo dos EUA, o ataque não deixou feridos entre os militares norte-americanos. Hegseth afirmou que “três narcoterroristas do sexo masculino estavam a bordo do navio durante o ataque, que foi realizado em águas internacionais. Os três terroristas foram mortos e nenhum membro das forças norte-americanas ficou ferido neste ataque”. A ação faz parte de uma campanha militar que, em pouco mais de um mês, já resultou em ataques a dezesseis embarcações e deixou sessenta e quatro mortos.

O aumento da presença militar dos Estados Unidos no Caribe tem gerado críticas da comunidade internacional. A Organização das Nações Unidas (ONU) passou a classificar esse tipo de operação como “execuções extrajudiciais”, elevando a pressão sobre Washington. Recentemente, o governo norte-americano reforçou sua atuação na região com o envio de destróieres, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados. A intensificação das ações militares ocorre em meio a uma escalada de tensão com o governo da Venezuela.

O presidente Donald Trump autorizou a CIA a realizar operações secretas em território venezuelano, o que gerou especulações sobre uma possível tentativa de derrubar o presidente Nicolás Maduro. Fontes ligadas à Casa Branca revelaram que o Pentágono apresentou opções ao presidente, entre elas ataques a bases militares venezuelanas, sob a justificativa de que setores das Forças Armadas do país vizinho estariam ligados ao tráfico internacional de drogas. Paralelamente, os Estados Unidos oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura de Maduro, acusado de comandar o chamado Cartel de los Soles.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também foi citado por Trump, que o classificou como “líder do tráfico de drogas” e “bandido”. As recentes operações navais no Caribe e as declarações do governo norte-americano têm sido alvo de críticas de juristas e membros do Partido Democrata, que alertam para possíveis violações do direito internacional e para os riscos de uma escalada militar na América Latina.

Foto: Reprodução/X (Twitter)

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