EUA revogam vistos de autoridades brasileiras ligadas ao programa Mais Médicos

13/08/2025 as 7:33 pm

Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (13) a revogação de vistos de ex-integrantes do Ministério da Saúde do Brasil que atuaram no programa Mais Médicos durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016). A medida, divulgada pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, integra ações contra autoridades de Cuba e de outros países que, segundo Washington, teriam colaborado com o envio de médicos cubanos para atuar no exterior em condições caracterizadas como trabalho forçado.

Em publicações na rede social X, Rubio afirmou que “os Estados Unidos estão expandindo sua política de restrição de vistos para Cuba” e que o objetivo é “promover a responsabilização do regime cubano pela opressão do seu povo e daqueles que lucram com o trabalho forçado”. O secretário também declarou que “o Departamento de Estado também está tomando medidas para revogar vistos e impor restrições de visto a vários funcionários do governo brasileiro e ex-funcionários da Opas cúmplices do esquema de exportação de mão de obra forçada do regime cubano”.

De acordo com o Departamento de Estado, entre os atingidos estão Mozart Júlio Tabosa Sales, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, coordenador-geral do governo brasileiro para a COP30. Ambos ocuparam cargos de direção no Ministério da Saúde durante a gestão Dilma e, segundo a pasta americana, utilizaram a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) como intermediária para implementar o programa sem atender aos requisitos constitucionais brasileiros, repassando ao governo cubano valores que deveriam ser pagos diretamente aos profissionais de saúde.

A nota acrescenta que “dezenas de médicos cubanos que atuaram no programa relataram terem sido explorados pelo regime cubano” e que “nossa ação envia uma mensagem inequívoca de que os Estados Unidos promovem a responsabilização daqueles que permitem o esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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