Uma jornada literária em “O Retrato de Dorian Gray”

10/09/2023 as 4:11 pm

Iniciemos nossa jornada literária explorando as profundezas do dandismo de Oscar Wilde em sua obra-prima “O Retrato de Dorian Gray”. Como amantes da cultura pop e da literatura, somos compelidos a adentrar os salões do século XIX na Inglaterra Vitoriana e desvendar o encanto e as sombras que permeiam este conto intrigante.

Oscar Wilde, figura notória da época, era conhecido por seu gosto refinado, maneiras afetadas e senso estético aguçado. Ele nos presenteou com uma narrativa que transcendeu os tempos, o infame “Retrato de Dorian Gray”, publicado em 1890. Este romance é muito mais do que uma trama intrigante; é um espelho de dualidades humanas e a essência do dandismo, um movimento cultural que celebrava o estilo e a rebeldia.

A história gira em torno do belo jovem Dorian Gray, introduzido na alta sociedade londrina. Aqui, ele se torna o modelo do artista Basil Hallward, cuja pintura captura a juventude e a beleza de Dorian. Seduzido pelo aristocrata Lord Henry Wotton, Dorian é convencido de que a beleza é a maior virtude e o prazer a busca suprema. Um pacto é selado: Dorian permanecerá jovem e imaculado, enquanto seu retrato envelhecerá e absorverá os pecados resultantes de uma vida hedonista.

É evidente que o livro ecoa aspectos da vida controversa de Wilde. Anos após a publicação, Wilde foi condenado por “atos imorais”, uma condenação que manchou sua reputação. Mesmo durante seu tempo na prisão, Wilde ainda encontrou inspiração, criando o brilhante poema “A Balada do Cárcere de Reading”, sobre o enforcamento de um condenado.

“O Retrato de Dorian Gray” está enraizado na literatura gótica do século XIX, que abrange desde Emily Brontë com “O Morro dos Ventos Uivantes” até Mary Shelley com “Frankenstein”. No entanto, a obra de Wilde destaca-se pelo dandismo, explorando a dualidade do indivíduo em uma sociedade moralmente ambígua.

As influências de Wilde se estendem além da literatura, alcançando a música e o cinema. Artistas britânicos como David Bowie, Morrissey do The Smiths e Chris Lowe do Pet Shop Boys foram profundamente influenciados pelo estilo blasé e pelas criações de Wilde.

Convido todos vocês a mergulharem na obra de Oscar Wilde, explorando mais de suas pérolas literárias e ensaios perspicazes. Não deixem de visitar minha coluna na próxima semana, onde continuaremos a explorar as complexidades da cultura, literatura e arte.

Paulo Albuquerque – Formado em Tecnologia Florestal, instrutor de informática e conectado em Literatura, Sci-Fi e Cultura Pop.

Foto: Reprodução/Internet

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