Justiça nega habeas corpus a técnica de enfermagem investigada pela morte de criança

09/12/2025 as 3:35 pm

A Justiça do Amazonas negou, no dia 2 de dezembro, o pedido de habeas corpus preventivo feito pela defesa de Raiza Bentes Praia, técnica de enfermagem investigada pela morte do menino Benício Xavier de Freitas, de seis anos. O caso ocorreu em 23 de novembro, no Hospital Santa Júlia, em Manaus. A decisão foi proferida pelo desembargador Abraham Peixoto Campos Filho, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

O pedido buscava evitar uma eventual prisão preventiva e impedir medidas como busca e apreensão na residência da investigada. Os advogados alegaram que Raiza deveria receber o mesmo tratamento concedido à médica Juliana Brasil, que prescreveu a medicação e teve liminar favorável. No entanto, o Tribunal entendeu que os papéis de ambas são distintos.

A Justiça considerou que, apesar de a médica ter prescrito a substância, foi a técnica quem aplicou a dose de forma intravenosa, descumprindo protocolos obrigatórios e mesmo após ser alertada pela mãe da criança. A atuação da profissional foi apontada como determinante para o agravamento da situação, o que, segundo o Tribunal, justifica medidas cautelares mais rigorosas durante o andamento das investigações.

Além disso, o magistrado levou em conta a comoção social gerada pela morte da criança dentro de um hospital particular e a ampla repercussão do caso na imprensa nacional. Para o TJAM, a concessão de liberdade irrestrita à investigada neste momento poderia interferir na apuração dos fatos e comprometer a coleta de depoimentos e provas.

Foto: Reprodução

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