INTERNACIONAL

Dois dos principais líderes militares e cientistas nucleares do Irã morrem em ataque de Israel

REDAÇÃO

13/06/2025 as 2:29 pm

Três dos principais comandantes militares do Irã morreram durante um ataque aéreo realizado por Israel na madrugada desta sexta-feira (13), em território iraniano. A ofensiva, parte de uma operação militar lançada por Tel Aviv, teve como objetivo conter avanços no programa nuclear iraniano e responder a ameaças à segurança nacional israelense. A ação acirrou ainda mais as tensões no Oriente Médio e elevou o nível de alerta diante da possibilidade de retaliações.

O governo iraniano confirmou a morte de Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, considerado uma das figuras mais influentes do setor de defesa do país. Também foram mortos o major-general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, e o general Gholamali Rashid, vice-comandante das forças militares. Os três eram peças-chave na formulação da estratégia militar iraniana.

Além dos oficiais, a imprensa estatal informou que seis cientistas ligados ao programa nuclear do país também foram mortos. Eles atuavam em áreas de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia atômica e estavam em instalações atingidas pelos bombardeios. A ação é interpretada como um ataque direto à infraestrutura responsável por sustentar o programa nuclear iraniano.

A Guarda Revolucionária, fundada após a Revolução Islâmica de 1979, é considerada a força mais poderosa das Forças Armadas iranianas. Além de proteger os principais líderes do regime, o grupo mantém alianças com milícias como o Hezbollah, no Líbano, e os houthis, no Iêmen, exercendo ainda grande influência sobre as instituições do país.

Em resposta, Israel declarou estado de emergência e fechou seu espaço aéreo, adotando medidas de precaução diante do risco de retaliação com mísseis e drones por parte do Irã.

Os Estados Unidos negaram envolvimento na operação, mas confirmaram que foram informados antecipadamente sobre a ação militar. A posição norte-americana busca evitar o engajamento direto em um conflito de maiores proporções na região.

Foto: Reprodução/X ( antigo Twitter )

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