No Dia de Finados, Papa Leão XIV convida fiéis a viverem com fé e esperança em Jesus

02/11/2025 as 8:38 am

Neste domingo (2), no Vaticano, o Papa Leão XIV fez um apelo aos fiéis reunidos na Praça São Pedro para a oração do Angelus, pedindo que não se prendam ao sofrimento do passado, mas renovem a esperança cristã na vida eterna. A declaração foi feita durante a celebração do Dia de Finados, data em que a Igreja Católica recorda todos os fiéis falecidos. O pontífice afirmou que é preciso evitar ficar “preso ao passado e às lágrimas de nostalgia” e também não estar “lacrado ao presente, como num túmulo”. Segundo ele, é o futuro que vem de Jesus, do “nosso estar com Cristo”, que “ilumina o destino de cada um de nós”.

A celebração de Finados ocorre um dia após a Solenidade de Todos os Santos, realizada no sábado (1º). Ao fazer referência a essa comunhão espiritual, Leão XIV declarou que “cada um tem o seu lugar, brilhando em toda a sua unicidade”, e descreveu a união dos santos como “uma comunhão de diferenças que, por assim dizer, alarga a vida de Deus a todos os filhos e filhas que desejaram fazer parte dela”.

Durante a mensagem, o Papa enfatizou o valor da memória diante da fragilidade da vida humana. “Conhecemos interiormente a preocupação de Deus em não perder ninguém, sempre que a morte parece nos fazer perder para sempre uma voz, um rosto, um mundo inteiro. Na verdade, cada pessoa é um mundo inteiro”, afirmou. Ele ressaltou que “sem a memória de Jesus – da sua vida, morte e ressurreição – o imenso tesouro de cada vida fica sujeito ao esquecimento”, e completou: “Mesmo aqueles de quem ninguém se lembra, mesmo aqueles que a história parece ter apagado, emergem na sua dignidade infinita”.

A visita aos cemitérios, tradicional no Dia de Finados, também foi mencionada pelo Papa como um momento de recolhimento e fé. Para ele, esses espaços silenciosos devem servir como “um convite à memória e à esperança”, lembrando o que é professado pelos cristãos no Credo: “a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir”. Reforçando o valor da esperança cristã, Leão XIV afirmou: “Não fiquemos presos ao passado, às lágrimas da nostalgia. Nem tampouco estejamos lacrados ao presente, como num túmulo. Que a voz familiar de Jesus nos alcance, e alcance a todos, porque é a única que vem do futuro. Ele nos chama pelo nome, prepara-nos um lugar, liberta-nos do sentido da impotência com o qual corremos o risco de renunciar à vida”.

O Papa também destacou que a esperança na ressurreição se renova a cada celebração eucarística. “Os cristãos recordam desde sempre os defuntos em cada Eucaristia e, até ao dia de hoje, pedem que os seus entes queridos sejam mencionados na oração eucarística. Desse anúncio nasce a esperança de que ninguém se perderá”, concluiu.

Foto: Reprodução/Vatican News

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De Ana & Tales

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