Pe. Daniel Curnis

E vós, quem dizeis que eu sou?

REDAÇÃO

22/06/2025 as 8:46 am

Chegou o momento em que Jesus cobrou dos seus discípulos uma atitude necessária para eles continuarem o caminho atrás dele. Muitas vezes mostrou para eles o seu plano salvífico. Porém eles opunham resistência, não queriam um Messias daquele jeito, precisavam, como o resto do povo, de alguém de braço forte, um libertador político que finalmente libertasse Israel do jugo opressor dos invasores.

Mas Jesus se apresenta diferente: “O Filho do homem deve sofrer muito, deve ser morto “(v.22). Isso eles não queriam aceitar. Por isso a pergunta de Jesus ressoa como uma provocação, quase a dizer: ‘Que Messias vocês querem?’ Eles custaram a aceitar essa forma de Jesus ser o Messias. Só depois da Ressurreição eles entenderiam. A vitória sobre a morte abriu os olhos deles. Ao morrer na cruz o Mestre não tinha falido, mas tinha vencido. O amor se mostrou a arma poderosa que salvaria a humanidade.

Demorou para a igreja nascente compreender que para conhecer Jesus era necessário segui-lo. Afinal, quando Jesus os chamou um por um não transmitiu uma doutrina, mas somente falou “siga-me”. O discípulo não é aquele que conhece, mas sim aquele que segue Jesus.

Jesus se faz conhecer, ontem como hoje, no caminhar com ele, aprendendo com as palavras dele, seus gestos e atitudes, operando suas escolhas, colocando próprios passos nas pegadas dele.

Padre Daniel Curnis – Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, em Manaus

Foto: iStock

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