SAÚDE

Cientistas registram patente para erradicar câncer de mama com novo tratamento inovador

REDAÇÃO

30/06/2023 as 11:20 am

Um grupo de pesquisadores das universidades Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Federal Fluminense (UFF) alcançou um marco significativo no campo da oncologia. Eles depositaram uma patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para um promissor tratamento destinado ao câncer de mama.

A pesquisa envolveu a criação de um novo composto sintético que visa a proteína p53, responsável por suprimir o aparecimento de tumores no organismo. Quando essa proteína sofre mutação, seu papel de protetora é comprometido, levando ao crescimento tumoral e resistência a medicamentos.

O estudo recebeu financiamento de R$ 2 milhões, divididos entre a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os resultados foram publicados no periódico internacional Chemical Review.

A substância desenvolvida demonstrou resultados promissores, incluindo a redução do tumor em animais. Os pesquisadores estão em negociações com uma empresa farmacêutica interessada em conduzir estudos clínicos em seres humanos, etapa crucial para a produção do primeiro fármaco nacional de tratamento para o câncer de mama.

Essa inovação é de extrema importância, uma vez que cerca de meio bilhão de pessoas podem ser salvas do câncer se novas terapias para atacar as mutações da proteína p53 forem desenvolvidas. O grupo de pesquisadores empenhou seis anos nesse projeto pioneiro, buscando incansavelmente descobrir a molécula ideal e seu mecanismo de ação.

O Brasil está na vanguarda dessa pesquisa, tendo registrado a patente do composto derivado de uma naftoquinona, que apresenta atividade dez vezes mais potente do que outras drogas na redução de tumores de mama com a proteína p53 alterada. A descoberta representa um avanço significativo no combate ao câncer de mama e renova as esperanças na luta contra essa terrível doença.

Foto: Divulgação/Sociedade Brasileira de Mastologia

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