É incompreensível e frustrante a comparação dos nossos dirigentes a times de futebol, onde a torcida se baseia em paixões e na busca por vitórias. No entanto, essa analogia apresenta falhas importantes quando se trata de governança e do bem-estar de um país. Devem, sim, agir em prol do bem-estar de toda a nação, priorizando o interesse público e o desenvolvimento social, econômico e ambiental do país como um todo.
Nos últimos anos o que observamos é irreal, na oportunidade que erros e devaneios são justificados quando não são feitas vistas grossas sobre erros, falhas e até fraudes. Os políticos de estimação não são produtivos para uma nação que busca ter um futuro melhor, erros são erros independente de quem os comete, SEMPRE, não pensar dessa forma é causar um câncer para a nação. A polarização seja na política ou em temas sociais é engessador, não podemos olhar apenas sobre dois aspectos isolados, uma nação é muito mais que isso.
A analogia entre política e futebol pode até ser feita, mas, de forma inteligente, onde o cidadão se coloca não como torcedor, mas, sim como comentarista em uma mesa redonda, onde colocamos no centro da discursão o técnico e a equipe para serem avaliados e criticados quando necessário. Imaginemos, sendo feita uma avaliação de desempenho tal como nos times de futebol, onde o sucesso é medido por resultados tangíveis como vitórias, títulos e desempenho individual dos jogadores, evidentemente que no caso dos nossos dirigentes a avaliação é mais complexa e requer análise de diversos fatores, como indicadores sociais, econômicos, ambientais, índices de desenvolvimento humano, justiça social, segurança pública, infraestrutura, acesso à educação e saúde.
Seguindo o raciocínio, onde a tomada de decisões nos clubes de futebol se baseiam em estratégias, escalações e jogadas visando o próximo jogo ou campeonato nossos dirigentes em contrapartida, deveriam tomar decisões complexas que impactam no futuro do país a longo prazo, considerando diferentes perspectivas e buscando soluções para problemas estruturais e desafios da sociedade, nesse sentido imaginem os resultados que poderíamos ter, com esse tipo de olhar crítico.
Que país teríamos caso os cidadãos brasileiro, cobrassem seus dirigentes como a torcida cobra resultados e expressando suas opiniões através de aplausos, vaias, cânticos e manifestações. Lembrando que nesse sentido a população tem o direito e o dever de cobrar dos seus representantes, ações transparentes, responsáveis e comprometidas com o bem-estar do país. Isso se traduz em participação política consciente, através do voto, cobrança de políticas públicas, engajamento em movimentos sociais e controle social.
A verdade é que atualmente passamos por uma grande má fase, temos uma seleção brasileira fraquíssima e uma seleção política lastimável, não conseguimos ver bons resultados em nenhum dos ângulos, ambos os cenários estão turvos e conturbados e somente nós o povo, em sua unidade pode cobrar por melhores resultados, pelo menos no campo da política. Engajar-se em debates, acompanhar as ações dos governantes, cobrar transparência e responsabilizá-los por seus atos, acompanhar o cumprimento das metas e promessas feitas pelos governantes, cobrando resultados concretos e responsabilizando-os por seus atos, independente de qualquer tipo de simpatia com o ocupante do cargo, sem seletividade ideológica. Pensemos nisso, vejo todos na próxima semana. Até lá!
Diogo Augusto , o turco, marido, pai, empreendedor, colecionador, pensador, curioso.
Foto: Unsplash