A campanha de marketing da Nike nas Olimpíadas Paris 2024, chamou atenção dos consumidores quando se afasta do conceito “woke”, buscando o seu outro extremo, a “meritocracia” para quem não capitou por desconhecer os conceitos, vou explanar superficialmente os conceitos.
O termo “woke” é frequentemente utilizado para descrever pessoas ou movimentos sociais que buscam justiça social e igualdade. No contexto empresarial, é associado a campanhas que abordam temas como diversidade, inclusão e responsabilidade social. Já a “meritocracia” é a crença de que o sucesso individual é determinado exclusivamente pelo mérito e pelo esforço pessoal. No contexto empresarial, ela está ligada à ideia de que as pessoas devem ser promovidas e recompensadas com base em suas habilidades e desempenho.
Quando assisti o comercial, a primeira ideia que me ocorreu é que a marca deve ter perdido mercado e está buscando se adequar à nova realidade do mercado buscando um reposicionamento para atrair um público mais conservador ou para se diferenciar de seus concorrentes. Será mesmo?
Acredito firmemente no poder da meritocracia como motor de progresso individual e social. A ideia de que cada um deve ter a oportunidade de ascender socialmente com base em seu esforço, talento e dedicação é um princípio fundamental de uma sociedade justa. A meritocracia nos incentiva a buscar a excelência, a desenvolver nossas habilidades e a contribuir para o bem comum. Quando reconhecemos e recompensamos o mérito, estamos estimulando a inovação, a criatividade e o desenvolvimento de soluções para os desafios que enfrentamos. No entanto, é importante ressaltar que a meritocracia não é um sistema perfeito. Ela pode ser distorcida por fatores como privilégios sociais, desigualdade de oportunidades e discriminação. Por isso, é fundamental que trabalhemos para criar um ambiente mais justo e equitativo, onde todos tenham as mesmas chances de sucesso.
A cultura woke, por sua vez, embora tenha a “nobre” intenção de promover a igualdade, em alguns casos, pode levar a generalizações perigosas e a políticas que, em vez de unir, dividem a sociedade. Ao focar excessivamente em identidades e grupos, corre-se o risco de criar um ambiente de vitimização e ressentimento, o que dificulta a construção de um futuro mais justo e inclusivo. Vamos refletir?
Ao invés de nos dividirmos em grupos e alimentarmos conflitos, devemos buscar a união em torno de valores comuns, como a justiça, a equidade e a oportunidade para todos. A meritocracia, quando combinada com políticas públicas que visam reduzir as desigualdades e promover a inclusão, pode ser um poderoso instrumento para construir uma sociedade mais justa e próspera. A combinação da meritocracia e políticas públicas inclusivas representa uma abordagem promissora para construir uma sociedade mais justa e próspera. No entanto, para que essa combinação seja eficaz, é preciso superar desafios e construir um consenso em torno de valores como a igualdade de oportunidades, a valorização do mérito e a construção de uma sociedade mais coesa e solidária.
Assim, com esse pensamento, descobri que não iria escrever sobre de marketing ou esporte, aliás notei que o marketing e os esportes são espelhos diminutos da nossa realidade. Não obstante, Aristóteles, defendia a ideia de que as pessoas deveriam ocupar cargos e posições de acordo com suas capacidades e virtudes. Essa noção de que o mérito individual deveria ser o critério para a distribuição de bens e honras é um dos pilares da meritocracia e entendo que é o mais justo para aqueles que buscam se ajustar as dificuldades por seus próprios méritos. Como a Nike sempre disse em seu slogan “Just Do It”! Vejo todos na próxima semana. Até lá!
Diogo Augusto , o turco, marido, pai, empreendedor, colecionador, pensador, curioso.
Foto: Unsplash