O Amazonas e a capital Manaus tem sido acometida por uma camada densa de fumaça que vem sufocando a população, chegamos a ser o segundo pior ar para se respirar no mundo, um contra senso para quem nos considera o pulmão do mundo. Vamos fazer uma abordagem do momento, ocorre que esse fenômeno é cíclico, sofremos todos os anos com essas queimadas que podem ser criminosas e até espontâneas tendo em vista o terreno seco propício a incêndios e queimadas, em específico nesse ano de 2023 culminou de vir acompanhado com uma das secas mais severas de nossos rios e o despreparo dos entes governamentais para trabalhar nesse senário de crise. É isso! Agora trataremos dos bastidores, melhor, o que há por trás dessa cortina de fumaça?
Acontece que existem muitos interesses em jogo, a Amazonia é uma moeda de troca em vários “comércios”, políticos, ONGs, investidores, organizações internacionais, países têm na Amazonia um trunfo de discursão e narrativas infinitas, muito além da fauna e flora os olhos de todos se voltam para o que há no subsolo de nossa região, muito embora haja legitimidade na preocupação com nossas florestas e nossos rios não nos enganemos com o um “canto da sereia” para permitirmos sermos tutelados por quem na verdade só tem olhos para seus próprios interesses. Governos e as respectivas pastas responsáveis pelo trato com meio ambiente devem deixar de criar problemas e começar, já com atraso, buscar soluções para problemas simples e recorrentes, como a fumaça causada por queimadas, tal coalisão deve acontecer e os participantes devem se abster de vaidades que impossibilitem o diálogo.
Vale lembrar que a floresta garante as chuvas para boa parte da América do Sul com, segundo estudos, com papel central no combate ao aquecimento global e às mudanças climáticas. Abriga enorme biodiversidade, com milhares de espécies de plantas e animais, algumas nem catalogadas sequer, além de ser a maior bacia hidrográfica do mundo. Sim, tudo isso é verdade, o que os pesquisadores, políticos e investidores esquecem de pôr em suas pesquisas é que temos uma população que tem nesse solo seus lares, trabalhos, famílias, amigos, ou seja, suas vidas e todos merecemos respeito e atenção, atenção básica como a finalização da BR 319, que diminuiria o problema de abastecimento da região na seca e nos serviria ainda como acesso para que o socorro nas queimadas possa vir de modo terrestre uma vez que o envio de máquinas e equipamentos não pode acontecer por via fluvial.
Para fechamos nossa conversa, vamos usar a sabedoria indígena em prol do meio ambiente e da população amazônica, eles, os índios Satere Mawe, veem a natureza como um ser vivo, com o qual mantêm uma relação recíproca onde devemos tratar bem para sermos acolhidos pela grande mãe. Aguardo todos na próxima terça feira. Até lá!
Diogo Augusto , o turco, marido, pai, empreendedor, colecionador, pensador, curioso.
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