O dilema das redes sociais em relação ao uso por grupos terroristas é um desafio complexo e multifacetado. Por um lado, as redes sociais oferecem inúmeras oportunidades de comunicação, compartilhamento de informações e construção de comunidades. No entanto, essas mesmas plataformas também podem ser exploradas por grupos extremistas para disseminar propaganda, recrutar membros e coordenar atividades ilícitas, incluindo atos terroristas. A questão envolve equilibrar a liberdade de expressão e o direito à privacidade com a necessidade de garantir a segurança pública e combater o terrorismo.
Não obstante, podemos fazer um paralelo histórico com a propaganda nazista usada como uma arma de guerra valiosa. Vemos assim, mais uma vez, o futuro repetir o passado, como disse o poeta popular Cazuza em sua música. As redes sociais geralmente têm políticas que proíbem conteúdo relacionado ao terrorismo e à violência. No entanto, os algoritmos e as inteligências artificiais que não possuem a sensibilidade humana para discernir e obter um equilíbrio entre remover conteúdo ilegal e respeitar a liberdade de expressão. No entanto, a natureza dinâmica das redes sociais dificulta a detecção oportuna, o que, mesmo que repentinamente, causa efeitos danosos à sociedade.
Assistimos ao vivo barbaridades cometidas, sem qualquer filtro ou classificação; temos o recrutamento de indivíduos para frentes extremistas e/ou terroristas através das redes. Tanto a sociedade civil organizada como os grandes grupos donos das redes sociais assistem a tais violações com a passividade insólita de quem não pensa no amanhã mais breve. Penso que deve haver um enfrentamento contra o terrorismo online e para isso devemos unir empresas de tecnologia, governos e agências de aplicação da lei. Complexo! Complicado! Porém necessário.
E em nossas casas? Como devemos agir? Qual é o nosso papel? Não quero aqui ser o oráculo, com todas as respostas, mas quero expor minha ótica para estimular o pensamento dos amigos leitores. Acredito que tudo passa pela educação. Além de reprimir o conteúdo terrorista, é importante trabalhar na educação e prevenção, aumentando a conscientização sobre os perigos do extremismo.
Acredito que os problemas gerados pelo uso das redes sociais pelo terrorismo são contínuos e exigem abordagens equilibradas e colaboração entre múltiplas partes interessadas. Combater o terrorismo online sem comprometer os direitos fundamentais dos usuários da internet. Aguardo todos na próxima semana. Até lá!
Diogo Augusto , o turco, marido, pai, empreendedor, colecionador, pensador, curioso.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil