Dívida bruta do Brasil sobe para 78,6% do PIB em outubro e alcança R$ 9,8 trilhões, aponta BC

28/11/2025 as 5:44 pm

A dívida bruta do Brasil aumentou em outubro, quando atingiu 78,6% do Produto Interno Bruto. O dado foi divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira e mostra que o endividamento do governo federal, dos estados e dos municípios voltou a crescer, impulsionado pelo cenário fiscal pressionado e pela necessidade de financiamento público.

Em valores nominais, a Dívida Bruta do Governo Geral passou de R$ 9,748 trilhões em setembro para R$ 9,856 trilhões no mês passado. O percentual é o maior desde outubro de 2021, quando o indicador estava em 79,52% do PIB. O pico da série histórica ocorreu em dezembro de 2020, no auge das despesas relacionadas à pandemia de Covid-19, quando a dívida chegou a 87,6%. O menor nível registrado foi em dezembro de 2013, com 51,5% do PIB.

Seguindo o critério do Fundo Monetário Internacional, que adota metodologia própria, a dívida bruta brasileira também apresentou avanço. O índice passou de 90,5% do PIB em setembro para 91,1% em outubro. O Banco Central começou a divulgar essa métrica neste ano para ampliar a comparabilidade internacional.

A evolução da dívida é acompanhada de perto por agências de classificação de risco, que utilizam o indicador para avaliar a capacidade de pagamento do país. Níveis mais elevados aumentam a percepção de risco entre investidores e podem encarecer o custo de captação do governo.

A Dívida Líquida do Setor Público também registrou alta. Considerando as reservas internacionais, o indicador passou de 64,8% para 65% do PIB entre setembro e outubro, alcançando R$ 8,143 trilhões e atingindo o maior valor já registrado na série histórica do Banco Central.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

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