ECONOMIA

IBGE aponta retração de 0,4% nas vendas do varejo brasileiro

REDAÇÃO

12/06/2025 as 10:29 pm

O volume de vendas do comércio varejista no Brasil recuou 0,4% em abril, na comparação com março. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e representa a primeira retração do setor após três meses consecutivos de crescimento. A queda foi observada em diversos segmentos, refletindo sinais de desaceleração no consumo das famílias.

A pesquisa aponta que o desempenho negativo foi influenciado por quatro grupos de atividades: combustíveis e lubrificantes com retração de 1,7%, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação com queda de 1,3%, hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo com recuo de 0,8% e móveis e eletrodomésticos com baixa de 0,3%.

Por outro lado, alguns setores registraram avanços em abril. As vendas de livros, jornais, revistas e papelaria cresceram 1,6%, outros artigos de uso pessoal e doméstico subiram 1%, tecidos, vestuário e calçados tiveram alta de 0,6%, enquanto o setor farmacêutico apresentou leve aumento de 0,2%.

Apesar do recuo pontual, os indicadores acumulados seguem positivos. O varejo acumula alta de 0,3% no trimestre encerrado em abril, 2,1% no ano de 2025 e 3,4% nos últimos 12 meses. Em relação a abril do ano passado, houve crescimento de 4,8%.

A receita nominal do setor também mostrou desempenho moderado, com variação de 0,1% frente a março. Na comparação anual, o avanço foi de 11,5%, com crescimento de 8,2% no acumulado de 2025 e 8,7% nos últimos 12 meses.

O levantamento destaca ainda uma retração mais acentuada no chamado varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos, autopeças e materiais de construção. Nesse segmento, houve queda de 1,9% em abril, com destaque negativo para veículos, motos, partes e peças com baixa de 2,2% e materiais de construção com redução de 0,4%.

Ainda assim, o varejo ampliado apresentou crescimento de 0,8% em relação a abril de 2024, 1% no acumulado do ano e 2,7% em 12 meses. A receita nominal desse segmento caiu 1,4% frente a março, mas subiu 6,2% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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