Suspeito de facilitar ataque hacker a empresa que atende o Banco Central é preso

04/07/2025 as 10:26 am

A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (4), em São Paulo, um suspeito de envolvimento no ataque hacker que atingiu a empresa C&M Software, prestadora de serviços do Banco Central (BC). O crime, ocorrido na última terça-feira (1º), resultou no desvio de ao menos R$ 800 milhões de seis instituições financeiras. Segundo a corporação, o homem detido trabalhava em uma empresa terceirizada que atua para o BC e teria fornecido, a partir de seu próprio computador, acesso a sistemas sigilosos.

O investigado admitiu ter repassado sua senha a terceiros, que utilizaram as credenciais para executar a fraude. Com essas informações, os criminosos simularam uma integração legítima ao sistema da C&M, utilizando dados reais de um cliente para acessar os serviços como se fossem uma instituição financeira autorizada.

Após o incidente, o Banco Central determinou a suspensão temporária das atividades da C&M Software. A empresa, responsável por interligar bancos ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), incluindo o Pix, afirmou ter sido alvo de uma “ação criminosa externa”, originada a partir da violação do ambiente de um cliente. Em nota, declarou: “Não houve invasão direta aos sistemas da CMSW. Os sistemas críticos seguem íntegros e operacionais”.

A ofensiva afetou ao menos seis instituições financeiras, entre elas o Banco Paulista, a BMP e a Credsystem. A investigação está sendo conduzida de forma conjunta pela Polícia Civil de São Paulo, Polícia Federal e Banco Central, com o objetivo de identificar todos os envolvidos e rastrear o destino dos valores desviados.

O ataque é considerado um dos maiores já registrados contra a infraestrutura do sistema financeiro nacional. Até o momento, as autoridades não divulgaram a identidade do suspeito preso. Novas diligências estão em andamento, e novas prisões não estão descartadas.

Foto: MCTI/divulgação

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